Nível 2 do programa da Escola de Treinadores de GR fortalece a modalidade

A partir deste mês, a CBG dá sequência ao desenvolvimento de ações relacionadas ao programa Nível 2 do processo de formação de treinadoras (es) em Ginástica Rítmica.

Os profissionais selecionados vêm de um grupo que envolve treinadores aprovados no Nível 1; de treinadores que atuaram nas categorias Juvenil e Adulto nos anos de 2024 e 25 e de treinadores que estiveram à frente de equipes nacionais transitórias também neste último biênio.

Como se sabe, a Escola Nacional de Treinadores da CBG, voltada à Ginástica Rítmica, foi criada no ano passado com a finalidade de uniformizar metodologias de ensino, de forma a neutralizar eventuais disparidades. A ideia é promover o desenvolvimento contínuo dos treinadores. O processo foi iniciado, no ano passado, com a realização do Nível 1 do programa. A iniciativa conta com a parceria do COB, por meio do Programa de Desenvolvimento do Esporte Feminino, o que propicia a oferta do aprimoramento necessário ao desenvolvimento técnico das ginastas em fase de iniciação.

O Nível 1 envolveu a participação de cerca de 150 treinadores, provenientes das cinco regiões do Brasil. “Pudemos capacitar 100% dos treinadores que estavam atuando em Nível 1 nacional, com as categorias de base. Isso foi muito importante. Tivemos aulas online e, posteriormente, passamos por um período de duas semanas muito produtivas, com atividades práticas, em Aracaju. Com essa etapa concluída, vamos desenvolvendo o Nível 2. Cerca de 90 treinadores se inscreveram. Esta etapa é voltada aos conhecimentos que norteiam o alto rendimento. As discussões são mais aprofundadas. É conferida ênfase para questões de planificação e organização do treinamento para ginastas de alto nível. Novamente, teremos atividades práticas em Aracaju, e vamos contar com uma professora de nível internacional, assim como ocorreu no ano passado”, explica Márcia Aversani, Coordenadora do Comitê Nacional de GR da CBG.

A realização do Nível 1 já se refletiu em avanços técnicos observados em competições, segundo a mesma dirigente. “A gente pode constatar uma melhora significativa, especialmente na organização coreográfica das ginastas. Vimos isso primeiro nas disputas individuais, mas enxergamos também nos conjuntos, num segundo momento. Isso não se deve exclusivamente à Escola de Treinadores. São frutos de vários trabalhos desenvolvidos pela CBG, como os estágios realizados pela entidade. Tanto esforço conjugado acaba se refletindo em aprimoramento técnico, e isso é inegável, acrescenta Aversani.

A Escola de Treinadores da CBG, segundo Márcia, foi construída com pesquisa e “bebeu” em fontes de conhecimento como o modelo concebido pela Federação Internacional de Ginástica, o FIG Academy, que se desdobra nos níveis 1, 2 e 3. “Para construirmos nosso documento de desenvolvimento da GR, concebido em parceria com o COB, fizemos várias pesquisas em modelos de outros países. Poucos são os centros com documentos e programas de formação profissional estruturados. Vamos ao encontro do que tem sido realizado no mundo, mas acrescentamos nossas características e particularidades. Somos um país no qual o treinador tem que ter formação em Educação Física. Portanto, nossos treinadores passaram pelo ensino universitário. Isso é importante, porque temos a certeza de que eles têm uma formação inicial boa, com conhecimento em fisiologia, em anatomia, em psicologia, em práticas pedagógicas. A partir disso tudo, criamos nosso programa”, informa a coordenadora. “Estamos estruturando os alicerces para que o brilho da nossa GR se mantenha com o passar dos anos. Queremos que o Brasil continue no alto nível da modalidade, e para isso é fundamental disseminar o conhecimento e desenvolver a GR por todas as regiões do nosso grande país”, finaliza Aversani.