Flávia Saraiva encerra o Mundial entre as quatro melhores do mundo na trave

 Flávia Saraiva encerrou o Mundial entre as quatro melhores do mundo na trave. Neste sábado (25), em Jacarta, a ginasta carioca somou 13.900 pontos na final, seu melhor resultado no aparelho em Campeonatos Mundiais. O pódio foi formado pela chinesa Zhang Qingying (15.166), pela argelina Kaylia Nemour (14.300) e pela japonesa Aiko Sugihara (14.166).

Foi o melhor desempenho de Flávia na trave desde 2019, quando ficou em sexto lugar em Stuttgart, na Alemanha. Nos Jogos Olímpicos Rio 2016, havia terminado em quinto. Em Jacarta, ela se classificou para a final em segundo lugar, com 13.833 pontos (dificuldade 5.5 / execução 8.333). Na decisão, aumentou a dificuldade da série para 5.7, obtendo 8.200 na execução.

“Eu estou muito feliz por ter conseguido acertar a série. Queria muito tirar esse peso de que, em finais, a Flávia não acerta. Hoje fiquei orgulhosa do meu trabalho, de tudo o que fiz ao longo do ano”, afirmou.

Diferente da final olímpica em Paris, quando seis competidoras caíram, a disputa em Jacarta teve altíssimo nível técnico: apenas a romena Sabrina Maneca-Voinea caiu, e a norte-americana Dulcy Caylor se desequilibrou no final da série.

“Esta final foi um pouco atípica. Poucas erraram, e isso é ótimo para a ginástica, mostra o quanto está competitiva. Fiquei muito contente de abrir a final e acertar a série logo de cara. É sempre um desafio ser a primeira, mas consegui fazer exatamente o que vinha treinando.”

A brasileira já projeta os próximos passos. “Estou orgulhosa do meu desempenho e de todos os atletas que entregaram boas séries. Agora é descansar um pouquinho e voltar aos treinos, porque não tem segredo: ano que vem começa a corrida para os Jogos Olímpicos.”

Flávia, que conquistou a prata na trave nos Jogos Olímpicos da Juventude 2014, voltou a figurar entre as melhores do mundo no aparelho que considera seu favorito.

“Desde o Mundial de 2019 eu não chegava a uma final de trave. Este retorno me trouxe uma sensação maravilhosa. Amo competir na trave, é o meu melhor aparelho. Esta final me deu ainda mais vontade de continuar. Parece que já estou pronta para o próximo Mundial.”