Antigo sonho da presidente da CBG, Escola de Treinadores de GR ganha contornos definitivos com aulas presenciais

As grandes conquistas de uma modalidade nem sempre correspondem a uma foto de um pódio, com atletas sorridentes recebendo merecidíssimas medalhas no peito. Avanços decisivos se dão com a construção de estruturas que proporcionarão, no futuro, desenvolvimento técnico fundamental.

Antigo sonho da presidente da CBG, Maria Luciene Cacho Resende, a Escola de Treinadores de Ginástica Rítmica atinge, nesta segunda-feira (27), um marco decisivo: o início de seu primeiro módulo de aulas práticas. Projeto elaborado pela Coordenadora do Comitê Técnico de Ginástica Rítmica da CBG, a Escola recebeu apoio fundamental do Comitê Olímpico do Brasil e do Programa de Desenvolvimento do Esporte Feminino.

A fase online do curso se estendeu de maio a novembro de 2024, com aulas teóricas, que se seguiram a uma avaliação. As atividades presenciais serão desenvolvidas no Ginásio Constâncio Vieira, em Aracaju. Ao todo, 150 treinadoras vão participar, divididas em duas turmas. As aulas da segunda turma, do Nível 1, encerram-se no próximo dia 9. Em maio, um novo módulo, Escola de Treinadores Nível 2, será realizado.

“Antes mesmo de assumir a presidência da CBG, eu já me propunha a construir legados. E a Escola de Treinadores de Ginástica Rítmica é algo que deixamos para a posteridade: uma estrutura que significa as fundações de uma GR com características nacionais, que bebe sim de fontes de outros países, mas que reelabora esses conhecimentos, e imprime características bem nossas, e que são captadas por árbitros internacionais e pelo público, que fica embevecido com nossas atletas. É uma GR com coreografias de grande valor artístico, com muita criatividade e garra. A Escola é a estrutura que reproduzirá esses padrões, que vai formar treinadores com a missão de disseminar por todo o território nacional esse esporte que é também arte, que orgulha os brasileiros e haverá de continuar a orgulhar”, disse Maria Luciene.

As aulas serão ministradas por grandes autoridades no mundo da GR. Uma delas é a professora-doutora Maria Gateva, ligada à Federação Búlgara e à National Sports Academy Vasil Levsky, de Sófia. As outras cinco professoras são brasileiras: Camila Ferezin e Bruna Rosa, que integram a comissão técnica da Seleção Brasileira Adulta de Conjunto, Juliana Coradine, treinadora da Seleção Brasileira Juvenil de Conjunto, Márcia Aversani, Coordenadora do Comitê Técnico de Ginástica Rítmica da CBG, e Roberta Gaio, professora-doutora da Universidade do Vale do Sapucaí (MG).

“Com a Escola de Treinadores, nós unificamos o trabalho e damos um padrão de preparação para atletas de Ginástica Rítmica. Com isso, esperamos elevar a qualidade do trabalho de base realizado no Brasil, que já é muito bom. Temos, entre os 150 inscritos no curso, treinadoras de todas as regiões do Brasil. Fizemos bastante coisa no ano de 2024 para melhorar ainda mais a GR do nosso país, e em 2025, é claro, continuaremos fazendo”, disse Márcia Aversani.