Grande polo da GR, Vitória recebe o primeiro evento do calendário CBG depois de Paris

Histórico polo da modalidade, Vitória recebe o primeiro evento do calendário da CBG no período pós-Olimpíada. Trata-se do Campeonato Brasileiro Loterias CAIXA de Ginástica Rítmica das categorias pré-infantil e infantil. Em paralelo, será disputada também a Copa Brasil Loterias CAIXA de Conjunto de Ginástica Rítmica Juvenil e Adulta. A competição começa nesta quarta-feira (21) e se estende até o domingo (25).

Embalado pelo espírito olímpico, o Brasil terá competições movimentadas. A garotada do pré-infantil, com ginastas de 9 e 10 anos de idade, comparece em peso à capital capixaba. No total, teremos 81 jovens atletas participando. É um crescimento de 48% em relação ao número de inscritas nessa faixa etária no ano passado. 
Na categoria acima, a infantil (11 e 12 anos), haverá 87 atletas em ação. Já a Copa Brasil Loterias CAIXA contará com 36 atletas.

Márcia Aversani, coordenadora do Comitê de Ginástica Rítmica da CBG, expressou grande contentamento pelo fato de a capital dos capixabas receber os eventos. “O estado do Espírito Santo é um grande centro da nossa GR. É polo formador de ginastas de Seleção Brasileira, tanto de conjunto quanto do individual. Em Paris, tivemos a Deborah Medrado, do conjunto, representando o estado. É um lugar no qual a Ginástica Rítmica pulsa. Por esses motivos, realizar o campeonato aqui é importante. O local recebe mais um estímulo para dar continuidade ao desenvolvimento da modalidade. E as ginastas dos outros estados podem conhecer a realidade que temos por aqui, o que é muito interessante”.

Deborah não é o único grande nome capixaba da GR. Cabe lembrar que Tayanne Mantovaneli, paulistana de nascimento, é capixaba de coração, fixada em Vila Velha antes de completar dois anos de idade. Tayanne foi a primeira brasileira da GR Individual a conquistar medalha nos Jogos Pan-Americanos – obteve o bronze nas maças, em Santo Domingo, no ano de 2003. E Natália Gaudio, de Vitória, defendeu o Brasil nos Jogos Olímpicos do Rio, em 2016. Gaudio foi a primeira brasileira a alcançar uma final em etapa de Copa do Mundo: conseguiu a quarta colocação na fita, na cidade portuguesa de Portimão, em 2018. Além disso, conquistou o bronze no individual geral nos Jogos Pan-Americanos de Lima, no ano seguinte.

Além do fator local, Marcia cita a importância das competições das categorias de base. “Essas ginastas são o nosso futuro. São as futuras integrantes da Seleção Brasileira. As crianças da categoria pré-infantil, na sua maioria, estarão competindo pela primeira vez, e o infantil é a segunda categoria de competição. Há uma rotatividade muito grande na classificação. Elas estão numa fase muito grande de desenvolvimento. Algumas crianças já têm um desenvolvimento motor mais adiantado, então conseguem fazer coreografias mais difíceis. Outras você vê que são muito flexíveis, têm um talento corporal grande, mas ainda não dominam o aparelho. Agora, uma coisa unânime nessas coreografias, são todas muito expressivas, muito felizes ao competir. Isso é muito importante nessa faixa etária, porque elas se mantêm motivadas a continuar na modalidade”.

Márcia destaca ainda uma grande inovação na competição deste ano. Todas as ginastas vão levar medalhas para casa. Ela cita um exemplo: no nível A, que reúne 63 ginastas de 10 anos, cada atleta fará três exercícios. As notas serão somadas. As 21 primeiras receberão medalha de ouro; as 21 notas seguintes serão premiadas com a prata e as demais, com o bronze.

“Todas as nossas crianças de 9, 10 anos vão voltar para casa medalhistas e ginastas de pódio. Ou ela vai ser primeira, ou segunda, ou terceira colocada. Isso é uma nova frente que nós estamos trabalhando nas categorias de base da Confederação Brasileira de Ginástica para incentivar as nossas crianças”, conclui a dirigente.Link com a programação completa:

https://sge.cbginastica.com.br/_uploads/relatorioEvento/1-relatorioEvento-1723548771.pdf

https://sge.cbginastica.com.br/_uploads/relatorioEvento/1-relatorioEvento-1723548809.pdf