Diogo eleva grau de dificuldade das séries, falha e fica em 23º no individual geral

A Ginástica Artística Masculina do Brasil encerrou nesta quarta-feira sua participação nos Jogos Olímpicos de Paris. Diogo Soares, que emplacou sua segunda participação consecutiva numa final olímpica do individual geral, ficou na 23ª colocação, ao somar 78.698 pontos. As notas foram 14.500 (salto), 13.733 (paralelas e barra fixa), 13.133 (solo), 12.033 (argolas) e 11.566 (cavalo com alças).

O ouro coube ao japonês Shinnosuke Oka (86.832). Os chineses Boheng Zhang (86.599) e Xiao Ruoteng (86.364) também subiram ao pódio.
Diogo aumentou o nível de dificuldade em suas séries, ambicionando uma pontuação maior. No salto, seu primeiro aparelho, o piracicabano acertou um belo Yurchenko com dupla pirueta e meia. Na barra fixa, também ousou. Aumentou a dificuldade com um Tkachev com pirueta e um Kovacs também acompanhado com pirueta, e conseguiu uma série de encher os olhos. Em alguns outros aparelhos, a pontuação não foi alta. Foi o caso do cavalo com alças. Cansado após série exigente na barra fixa, o ginasta acabou sofrendo duas quedas, o que comprometeu sua nota.

Ao final de sua participação, Diogo explicou qual foi sua estratégia na final. “A gente se classificou na 19ª posição para a final. Se melhorássemos para 15º ou 14º, não iríamos agregar muito em termos de resultado. Por isso, procuramos colocar ginástica aí nas séries, botar elementos difíceis. A ideia era testar para ver como a gente iria se sair. Nunca havia feito essa série de argolas, e pude fazer. Na barra também, e fiquei muito contente por isso. Saio daqui visualizando a medalha olímpica. Antes eu olhava e não a sentia perto de mim. Tenho ginástica para colocar nas séries. Tem muita coisa que ninguém sabe que faço nos treinos, mas faço”.
No próximo ciclo, Diogo acredita que seja possível buscar resultados na barra fixa. Na classificatória, o atleta se surpreendeu ao ficar muito perto da final desse aparelho, na 12ª colocação.

“A gente não esperava esse resultado. Mas pensávamos que, em alguma hora, iria aparecer algum aparelho. A barra sempre foi pesada pra mim. Mas trabalhei muito, justamente por ter dificuldade, e hoje consigo me ver medalhista olímpico nesse aparelho”, acrescentou Diogo.
GAF. Dois dias depois de darem contribuição decisiva para a histórica conquista brasileira na competição por equipes feminina, Rebeca Andrade e Flávia Saraiva voltam à Arena Bercy. Desta vez, a disputa será no individual geral. Rebeca se consagrou nessa prova em Tóquio, em 2021, ao se sagrar vice-campeã olímpica. A programação se inicia às 18h15 (de Paris) ou 13h15 (de Brasília).