Brasileiras Alice e Sarah se destacam em atividade promovida pela UPAG em Aruba

Alice Neves de Medeiros e Sarah Ferreira Mourão. Pouca gente, mesmo aqueles que fazem parte do crescente público interessado em Ginástica Rítmica, conhece esses talentos. Mas isso não é desinteresse pela modalidade. Trata-se de ginastas nascidas em 2010, com muita estrada pela frente.

Reconhecidamente detentoras de possibilidades de traçar carreiras de muito sucesso, as duas atletas participaram do Estágio Técnico de Ginástica Rítmica Infantil da UPAG (União Pan-Americana de Ginástica), realizado em Aruba, na segunda quinzena de setembro. Um total de 16 países enviou atletas para a atividade, que envolveu 20 treinadoras e mais três experts (treinadoras convidadas).

A brasileira Márcia Regina Aversani Lourenço, Coordenadora do Comitê Técnico de GR da CBG, integrou o trio de especialistas citado acima, ao lado de Liubou Charkashyna, de Belarus, e da norte-americana Jenya Burlo Tkachenko.

Outras duas brasileiras, Fátima Maria Coelho Bastos e Maria Inês Machado de Salles, compuseram o corpo técnico formado por duas dezenas de treinadoras do continente americano, que realizaram atividades em nível de execução.

Entre os objetivos perseguidos em Aruba durante os dias consumidos por intensa labuta, consta o desenvolvimento de um trabalho de base com qualidade no continente, com ênfase nos elementos corporais e no manejo de aparelhos.

Parte das atividades foi realizada com o objetivo de estimular, por exemplo, o aprimoramento da expressão corporal e facial através de experiências individuais e grupais. Como se sabe, as rotinas coreográficas na GR incluem um lado artístico, que deve sobressair, casando-se com a música que compõe o fundo sonoro de apresentações, de forma a causar impacto positivo nos avaliadores da qualidade desses verdadeiros espetáculos, os juízes.

Uma das finalidades a médio prazo do trabalho é contribuir para o desenvolvimento e ampliação de habilidades técnicas de execução e táticas de composição coreográfica, em busca da otimização do rendimento, com foco nos Jogos Pan-Americanos Júnior, que terão lugar em Assunção, em 2025.

“A participação da Sarah e da Alice foi excelente. Demonstraram estar num bom nível técnico. Ambas se envolveram ativamente em todos os trabalhos. No último dia do Estágio, elas exibiram suas séries individuais e receberam elogios das professoras presentes no evento. Isso mostra que estamos no caminho certo no esforço pelo desenvolvimento de atletas que poderão representar o Brasil nessa importante competição de base a ser realizada no Paraguai, daqui a dois anos”, atesta Márcia Aversani.

A professora Márcia, que tem longos anos de serviços prestados à GR do Brasil, destaca o papel que atividades como o Estágio ocupam no processo formativo de jovens atletas. “Para ficarmos num exemplo, a própria CBG faz todos os anos, em dezembro, um Estágio de atletas com idades mais baixas para poder reunir os talentos da nossa modalidade e capacitar os treinadores que estão trabalhando diretamente com essas crianças. Trata-se de um modelo que o continente americano vem adotando, e que já é utilizado no Brasil há um certo tempo, produzindo resultados bem interessantes. A equipe juvenil toda, que foi à Romênia e ficou em sexto lugar no Mundial da categoria, é oriunda de estágios como esse, realizado em Aruba”.

A Confederação Brasileira de Ginástica é aptrocinada pelas LOTERIAS CAIXA.