Sul-Americano de GR reserva doses elevadas de emoção para fãs da modalidade

As emoções do Mundial de Ginástica Rítmica ainda estão vivíssimas na memória. Mas o show não pode parar, e a GR do Brasil mostra os talentos de sua novíssima geração no Sul-Americano de Barranquilla, que começa nesta sexta-feira (13).

As representantes brasileiras na categoria elite serão Maria Eduarda Alexandre, Ana Luísa Neiva e Thainá Ramos. Já o conjunto será formado por uma mescla de algumas ginastas que já foram titulares e outros jovens talentos, que treinam juntas em Aracaju, sob o comando da treinadora Camila Ferezin.

Camila explica a dinâmica de trabalho que permite o aproveitamento de um contingente mais numeroso de atletas muito bem preparadas. “Temos um time com 12 ginastas, e assim formamos 2 grupos para treinar ao longo da temporada, definimos como Grupo 1 e Grupo 2. Cada ginasta do grupo tem sua substituta e assim vamos trabalhando e definindo a cada competição quem está melhor física, técnica e mentalmente para cada competição. Especialmente para este Sul-Americano convocamos o G2 integralmente para avaliarmos em quadra estas ginastas e definirmos os próximos passos”.

A treinadora deu uma pincelada sobre a mistura que faz a força do grupo que rumou para a Colômbia. “Neste grupo temos ginastas experientes como a Victória Borges, que foi medalha de ouro no conjunto cinco arcos na Copa do Mundo de Portugal e também a ginasta mais nova na Seleção, com apenas 16 anos, e que irá fazer sua estreia, a Maria Fernanda Moraes”.

O público que é fã de GR terá mais uma oportunidade de acompanhar uma atleta que entusiasma os torcedores, Maria Eduarda Alexandre. Solange Paludo, que a treina, valoriza a competição continental. “É sempre bom ter novos desafios. É o primeiro Sul-Americano da Maria Eduarda na categoria adulta. Para nós significa estar atentas a todas as oportunidades, e dispostas a atuar no aqui e agora”.

Solange descreve de maneira inspirada os primeiros passos de Maria Eduarda na categoria adulta. “Ela permanece crescendo tanto física como mentalmente, e a aprendizagem se dá até em pequenas interações. A adaptação à categoria adulta exige trabalho duro e dedicação. No entanto, está ao alcance dela, pois se compromete seriamente. Temos um percurso longo e em vários aspectos é preciso melhorar, principalmente o autoconhecimento”.

Se Maria Eduarda vive uma nova fase ao adentrar a categoria adulta, Ana Luísa Neiva vivencia o início de uma parceria com a treinadora Monika Queiroz. A ginasta trocou o Distrito Federal pelo imenso estado do Espírito Santo, e o Sul-Americano é o primeiro desafio da dupla. “Estamos iniciando uma parceria. Estamos nos conhecendo e essa competição aqui na Colômbia é um ponto de partida importante”. Monika e Ana estão juntas há cerca de 60 dias. As primeiras impressões denotam admiração. “Ela já evoluiu muito na expressão corporal e pode melhorar mais. Ela trabalha muito. É incansável e tem foco total no novo ciclo”, diz a treinadora. E dedicação e entrega, no raciocínio de Monika, são cada vez mais necessários num momento em que a competitividade interna na GR do Brasil se acirra. Há um volume maior de ginastas brasileiras de alto nível concorrendo por vagas na Seleção. “O sarrafo na GR do Brasil subiu e muito, e isso é ótimo em vários sentidos”, finaliza a treinadora.

Sul-Americano de Ginástica Rítmica 2023

Local: Barranquilla / Colômbia

Período: 10 a 16/10/2023

Coliseo Elías Chegwin

Chefe de delegação: Bruna Rosa

Categoria: Adulto

Individual: Elite

Ginastas: Maria Eduarda Alexandre AGITO/PR, Ana Luísa Neiva E. CAMPEÃS/ES e Thainá Ramos SERC/SP

Treinadoras: Solange Paludo, Mônika Queiroz e Florência Rodrigues

Individual: Nível A

Ginastas: Emanuelle Felberk E. CAMPEÃS/ES, Samara Sibin AGITO/PR e Júlia Castro UNOPAR/PR Treinadoras: Mônika Queiroz Solange Paludo

Conjunto: Elite (Seleção Brasileira)