03/08/2021
Em detalhes, a treinadora Camila Ferezin descreve como nasceram as séries do conjunto brasileiro
A apresentação do conjunto de Ginástica Rítmica dura 2min30seg e é um show a parte, mas quem vê aquele produto final, com as ginastas realizando a apresentação, muitas vezes não sabe o que está por trás das composições e o que levou àquele produto final que está sendo enfim exposto em forma de coreografia.
Estamos falando da ideia-guia da composição, um dos itens exigidos para o artístico do Código de Pontuação e que o Brasil faz questão de levar muito a sério. Para Tóquio, a Seleção Brasileira vai apresentar duas rotinas com fortes cargas artísticas e que contam uma história.
“Tudo começa pela música. É muito importante que a música faça você querer assistir o conjunto até o final. Sou muito exigente com esse ponto, para mim, achar a música certa é a parte mais difícil, mas depois que a gente encontra, todo o processo flui com leveza”, diz a treinadora da Seleção Brasileira de Conjunto, Camila Ferezin. “Sinto que desta vez o Brasil está indo com duas músicas espetaculares e que arrepiam”.
Camila decidiu trocar a música do conjunto de 5 bolas ainda durante a pandemia e ela mesma montou o conjunto, ao lado de Bruna Rosa, sua assistente, quando o Brasil retomou os treinos presenciais na cidade de Sangalhos, em Portugal, durante a Missão Europa.
“Foi uma experiência nunca antes vivida assim. As meninas estudaram a história da música, a vida do compositor. Nós as dividimos em grupos para que elas apresentassem coreografias que significassem o que a música queria passar. Depois de cada apresentação, juntamos um pouco de cada ideia, e construímos juntas a nossa história. Nós decidimos a ideia-guia da nossa coreografia”.
A escolha da música também foi lembrada pela treinadora como algo marcante: “Foi o Rhonny, coreógrafo da Ginástica Artística, que ouviu e me enviou. A música era enorme, não tinha final, ainda tinha de ser editada, mas, quando ouvi, não tive dúvidas. Enviei para o Leo (Palitot), nosso árbitro, e que sempre nos ajuda nessa parte. De cara, ele já montou uma sugestão de edição. Depois só foi enviar para o Otavio, que faz a mixagem das nossas músicas, e estávamos com essa obra de arte nas mãos. Foi tudo feito com muita sintonia”.
A árbitra internacional Marcia Aversani diz que a composição do Brasil vem sendo muito elogiada internacionalmente. “Justamente porque em tempos em que as pessoas fecham os olhos para o artístico, o Brasil lembra que a o esporte é arte”.
Já no conjunto misto a ideia-guia é igualmente marcante. “O mundo adora ver o Brasil com cara de Brasil, e cobra isso da gente. Por isso esse mix de músicas brasileiras, com ritmos diferentes, já que vai do samba ao eletrônico”, diz Camila.
A treinadora também destaca que a base da música foi feita especialmente para a coreografia do Brasil, uma composição inédita do Dj Vegas, que se tornou um grande amigo da equipe após a Seleção ganhar o ouro no Pan de Lima 2019 usando uma de suas músicas.
“A inspiração é a energia do Brasil. Usamos a música ‘O canto das três raças’ como ideia-guia principal, porque ela tem força e traz a miscigenação brasileira, que também é marca do nosso conjunto, e mixamos com acordes da música eletrônica, capoeira e samba do Brasil. Ficou uma mistura deliciosa de ouvir e que representa a diversidade e a alegria brasileira”, afirma Camila.
A assistente técnica da seleção, Bruna Rosa, explica as razões das escolhas. “Essa coreografia chama atenção por onde passa em razão da essência brasileira. Gostamos muito de enaltecer as nossas raízes, além de ser algo que reflete nossa identidade”.
E o mais importante, é que além de excelente aceitação artística das composições brasileiras, as ginastas estão se sentindo leves e felizes. “As composições são prazerosas de fazer. A gente se conecta com cada pedacinho da coreografia, sabemos o porquê de cada movimento, a história do que a gente quer passar em cada parte e isso nos enche de mais vontade de fazer as rotinas sem erros e com muita expressão”, diz a capitã da equipe, Maria Eduarda Arakaki.
O Brasil se apresenta em Tóquio no sábado (6). A rotação começa às 22h (horário de Brasília).
Publicado pela Plataforma SGE da Bigmidia - Gestão Esportiva com Tecnologia
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