05/08/2024
Guarulhense dourada chega à sexta medalha na soma de suas participações olímpicas
Campeã olímpica de novo. Desta vez, no solo, que o Brasil conhece muito bem desde 2003, quando Daiane dos Santos inaugurou uma era em que a Ginástica Artística brasileira pisa no degrau mais alto do pódio, enxergando o mundo lá de cima. Rebeca Andrade fez acontecer de novo, e venceu a prova com a nota 14.166. Nos outros degraus, Simone Biles, que chegou a ter aura de invencível (14.133) e Jordan Chiles (13.766).
Com o resultado, Rebeca se isola no topo do Olimpo dos medalhistas olímpicos brasileiros. Agora, a guarulhense soma seis medalhas: dois ouros, três de prata e um bronze. Com cinco, os inesquecíveis velejadores Robert Scheidt (dois ouros, duas pratas e um bronze) e Torben Grael (dois ouros, uma prata e dois bronzes) completam esse pódio verde-amarelo especialíssimo.
Na hora das entrevistas, Rebeca contou como foi sua jornada. “Eu tô muito feliz e orgulhosa das minhas apresentações, mesmo tendo algumas falhas na trave. Soube ser firme, e o fato de faltar só o solo, quando terminamos a trave, me levou a pensar que então só faltava o solo. Disse a mim mesmo: ‘vamos lá, se concentra’”, disse ela, sobre sua motivação para a prova que o Brasil tanto aguardava.
Rebeca fez também um balanço sobre sua performance no último dia de finais da GA. “Fiz o meu melhor, tanto na trave como no solo, e eu tô muito orgulhosa, orgulhosa do pódio, orgulhosa das mulheres, de mim e por tudo que a gente tá construindo”.
Francisco Porath Neto, o Coordenador da Seleção Brasileira de Ginástica Artística Feminina, revelou como foi uma de suas conversas com Rebeca antes da competição. “Eu disse a ela: ‘vamos lá, você não falhou nenhum dia nestes Jogos, vamos segurar. Na trave, faltou uma ligação (entre elementos). Mas Deus tava preparando algo muito maior no solo, e ficamos muito felizes”.
Trave
O Brasil alcançou grande evolução na trave, quando se olha para os resultados de Paris-2024 e se traça uma comparação com os Jogos de Tóquio. Se, em 2021, a melhor brasileira, Flávia Saraiva, obteve classificação com a oitava melhor nota, na Arena Bercy tivemos duas finalistas nesse aparelho. Rebeca conseguiu a terceira melhor nota na fase classificatória e ficou em quarto lugar na final (13.933), atrás de Alice D’Amato (Itália), Yaqin Zhou (China) e Manila Esposito (Itália). Já Julia Soares avançou para a fase final em oitavo lugar e alcançou a sétima posição nesta segunda-feira (5). A curitibana obteve 12.333.
A jovem atleta paranaense ficou muito satisfeita com seus resultados, obtidos logo na primeira edição dos Jogos Olímpicos da qual participou. Julia jamais esquecerá, é claro, da prata conquistada na competição por equipes.
“Para mim foi realmente incrível essa competição. Não tem preço que pague entrar na história junto com toda a equipe brasileira. Encararia novamente todos os desafios que enfrentei só para ter esse momento mais uma vez. Estou muito, muito feliz por ter sido finalista na trave na minha primeira Olimpíada”.
A ginasta vai deixar Paris com gostinho de “quero mais”. “Todo o trabalho valeu a pena. Agora quero voltar para casa, trabalhar muito e estar bem-preparada para Los Angeles”.
Maior contribuição para o esforço olímpico brasileiro
Desde 1920, nenhum esporte rendeu ao Brasil mais do que quatro medalhas numa mesma edição dos Jogos Olímpicos. Em 2024, por ora, apenas as delegações da ginástica e do judô totalizaram esse número. Na Arena Bercy, a Ginástica Artística brasileira conquistou um ouro (Rebeca no solo), duas pratas (Rebeca no individual geral e no salto) e um bronze (competição feminina por equipes).
Essa e outras façanhas foram analisadas pela presidente da Confederação Brasileira de Ginástica, Maria Luciene Cacho Resende. “A Ginástica Brasileira não se cansa de dar orgulho e de proporcionar felicidade ao nosso país. Como dirigente, devo dizer que dias como o de hoje fazem tudo valer a pena. Não é fácil competir, mas também não é fácil comandar toda uma comunidade, planejar, organizar, buscar recursos, cobrar, retraçar rotas. Os feitos de Rebeca, assim como o de todos as outras ginastas, de todos os nossos ginastas, sempre me fazem vir à cabeça o pensamento de que temos milhões de brasileirinhos vibrando. Penso no efeito que isso possa causar.
Quero mais crianças no nosso esporte, quero mais aparelhos, quero mais ginásios, mais cidades envolvidas com o nosso esporte. O momento é de realidade e de realização, mas o sonho continua. Queremos ampliar o oferecimento de oportunidades no esporte brasileiro. Cada conquista, cada ouro, prata ou bronze, cada posição em final olímpica é também um impulso para o crescimento da nossa ginástica. Cabe a mim agradecer à Rebeca, ao Francisco Porath Neto, a todos os que participaram dessa conquista. Muito obrigado ao COB, aos patrocinadores, às federações, aos clubes, a todos os profissionais das comissões disciplinares, aos jornalistas, que mostram isso para tanta gente. O sonho é o limite para nós”.
Publicado pela Plataforma SGE da Bigmidia - Gestão Esportiva com Tecnologia
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