Aeróbica do Brasil volta carregada de medalhas do Sul-Americano no Uruguai

A delegação brasileira de Ginástica Aeróbica que disputou o Sul-Americano de Maldonado, no Uruguai, voltou com excesso de bagagem, tamanho foi o número de conquistas na competição. Ao todo, o Brasil conquistou sete medalhas, sendo seis delas de ouro e uma de bronze.

A grande expectativa do público da Aeróbica, a apresentação de Lucas Barbosa e Tamires Rebeca Silva na dupla, foi um grande sucesso. Eles estrearam a coreografia baseada na música Coração Cigano, interpretada por Luan Santana e Luisa Sosa, com remixes de Shakira.

“O impacto da apresentação deles frente ao público e aos jurados foi muito forte, bem além do esperado. Fui muito criticada por ter escolhido essa música, que tem um estilo muito diferente. Mas nossa equipe fez um trabalho fantástico. Eles abraçaram a ideia e treinaram muito. Na verdade, depois do sucesso que fizemos com a música do Rei Leão, muita gente nos disse que jamais conseguiríamos montar uma coreografia com nível sequer parecido com aquele. Hoje essa conversa já não existe. A nova coreografia já éuma realidade e nos deixa muito otimistas quanto às nossas possibilidades no Mundial do ano que vem”, diz Kátia Lemos, Coordenadora de Ginástica Aeróbica da CBG, referindo-se ao evento que será realizado em Pesaro, na Itália, em setembro de 2024.

Se brilharam em dupla, Lucas Barbosa e Rebeca não fizeram por menos individualmente. Ambos conquistaram ouro em suas categorias, reiterando que dão as cartas no continente. “Todos esses resultados foram muito expressivos, com nossos ginastas pontuando além da nota 20. E ficamos muito felizes ainda com o bronze do Marcelo Martins no individual masculino, que deu contornos ainda mais grandiosos à campanha do Brasil no Sul-Americano”, acrescentou Kátia.

Age groups. Nas disputas das categorias de base, os chamados age groups, o Brasil também brilhou. Gabriel Freitas e Isadora Bernardi conquistaram ouros individuais, e Gabriel, ao lado de Yasmin Sena, venceram também na dupla.

Para além dos resultados em si, o amadurecimento que uma competição como essas proporciona para esses jovens atletas é considerado um ganho inestimável. Kátia cita o caso de Isadora, que se classificou em oitavo lugar para a final. Nessa última etapa, a brasileira se superou e acabou conquistando o ouro.

“Uma participação dessas faz o ginasta queimar etapas em seu processo de amadurecimento. Sempre digo aos atletas que a fase de classificação e a final são duas competições distintas. Mesmo com uma participação inicial não muito boa, você pode vencer caso se mantenha mentalmente forte, porque, uma vez classificado, zeram as notas e começa tudo de novo. A Isadora assimilou muito bem isso e competiu de uma forma excelente na final”, observa Kátia.