01/08/2019
Com quatro ouros, quatro pratas e dois bronzes, resultado supera marca anterior, no Pan da Rio-2007
A Ginástica Artística Brasileira voltou a brilhar nos Jogos Pan-Americanos de Lima. Nesta quarta-feira (31), os ginastas brasileiros encerraram com mais quatro medalhas sua participação na competição no Peru, alcançando um resultado histórico para a modalidade.
No último dia, os brasileiros conquistaram uma medalha de ouro, com Francisco Barreto Júnior, na barra fixa; duas de prata, com Arthur Nory na barra fixa e Caio Souza, nas paralelas; e uma de bronze, com Flavia Saraiva no solo. Com isso, o Brasil igualou seu recorde de medalhas em uma única edição, 11 ao todo, obtidos na Rio-2007. Na distribuição dos pódios contudo, a campanha de Lima-2019 foi superior.
No Pan-2019, foram quatro ouros, quatro pratas e três bronzes. Se na Rio-2007 também foram quatro medalhas douradas, o número de pratas foi menor (duas), além de cinco bronzes.
Os Jogos de Lima também consagram Francisco Barreto Júnior. Ele foi o principal nome da competição, obtendo três medalhas de ouro (equipe, cavalo com alças e barra fixa). Nunca na história da Ginástica Artística do Brasil alguém havia obtido tal marca.
“A gente sempre sonha com uma campanha destas, mas em primeiro lugar viemos para realizar o que fazemos nos treinos. Estas medalhas, estas histórias que fizemos aqui, são consequência de nosso trabalho diário, seis vezes por semana, seis horas por dia. Muitas horas de fisioterapia...as medalhas foram consequência. A gente fica feliz pelo resultado, mas não fizemos nada demais. Entramos para fazer o nosso trabalho, a nossa parte e Graças a Deus o resultado veio e colhemos o fruto deste trabalho. Estamos felizes por dar esta alegria aos torcedores”, disse Chico, que nega qualquer brilho pessoal pela campanha.
“Jamais. Não sou mais do que o Nory, não sou mais do que o Zanetti, do que o Caio ou do que o Luís. Eu sou o Chico Barreto, fiz o meu máximo. A medalha no cavalo veio, a da equipe veio...eu saio satisfeito. Cada um aqui inspira o outro no treinamento. A gente é praticamente uma família. Convivemos no mesmo apartamento, almoçamos juntos, jantamos juntos, juntos até no pódio”, completou o ginasta.
Para Arthur Nory, que viu o ouro escapar justamente na apresentação de Chico Barreto, o resultado foi totalmente justo. “Ele fez uma série muito limpa e muito boa. A gente tem esta percepção, especialmente quando o último atleta crava a saída. Sabia que ele poderia passar, mas estava esperando essa dobradinha no final. O Chico é uma inspiração para a gente, treina no mesmo clube que eu, é mais experiente, finalista olímpico, faz seis aparelhos, treinando muito bem, é um exemplo para todos”, disse Nory.
Prata e bronze após o título do Individual Geral, Caio Souza festejou mais uma medalha, desta vez de prata, na prova da paralela. “Tive alguns erros, estamos sujeitos a isso. Entrei um pouco inseguro, porque na final do Individual Geral errei a paralela. Mas estava focado para fazer a minha melhor prova. Estou feliz com o meu desempenho e agora é aprender com os erros e melhorar cada vez mais explicou. Nesta mesma prova, Chico Barreto terminou em 8º lugar.
Bronze no solo, Flavia Saraiva por pouco não ficou com a medalha de prata, o que teria se os juízes tivessem aceitado uma revisão de nota solicitada pelo Brasil. “Pedimos porque eles não consideram o salto ginástico. Poderiam ter aumentado um décimo, mas eles recusaram. Não foi injusto, eles são os juízes, se não deram é porque não valeu”, afirmou a ginasta, que ficou feliz por seu desempenho.
“Como fui a primeira, queria abrir bem, até para que todas pudessem fazer suas melhores séries. Aquela demora em sair a nota deixa a gente nervosa mesmo, mas para mim não importava a cor da medalha, o importante é que consegui fazer o meu melhor. Quando terminei a minha série, senti que tinha cumprido o meu dever”, explicou Flavia, que terminou o Pan de Lima com três medalhas, todas de bronze: por equipe, no individual geral e no solo.
Ainda nesta quarta-feira, Flavia disputou a trave, terminando em quinto lugar, enquanto Thais Fidélis ficou em sétimo lugar no solo. No masculino, Luís Porto também ficou em sétimo lugar, na prova do salto.
Balanço positivo
Para Henrique Motta, coordenador geral da CBG (Confederação Brasileira de Ginástica), o balanço da participação da Ginástica Artística no Pan de Lima-2019 foi extremamente positivo.
“Os resultados mostram o trabalho que vem sendo feito em parceria com todas as entidades, comissões técnicas e a atletas. É um grupo muito forte, de jovens talentosos, mas que acima de tudo são muito esforçados. Conquistar estes resultados, que nos deram a melhor campanha da história em Pan-Americanos, não foi simples, mas está ligado à nossa preparação, que foi muito intensa. A Ginástica é um esporte em que você precisa estar sempre pronto para qualquer adversidade e eles estavam preparados para isso”, disse Motta, detalhando um pouco mais o desempenho de cada equipe.
“A masculina fez um resultado excepcional, enquanto a feminina também fez uma bela campanha. Não tivemos a presença da Rebeca Andrade, que faz parte do nosso quadro de atletas, e também a Jade Barbosa. Mas nada disso impediu que o Brasil fizesse esta campanha brilhante. Conseguimos ultrapassar o nosso desempenho de um Pan-Americano disputado em casa. Isso não é simples. Agora seguimos em frente. Tem o Mundial, que é classificatório para a Olimpíada de Tóquio, e temos confiança de que dará tudo certo e classificaremos nossas duas equipes completas”, disse Henrique Motta.
As medalhas da Ginástica Artística do Brasil no Pan de Lima
Feminino
• Equipe (Flavia Saraiva, Carolyne Pedro, Lorrane Oliveira, Thais Fidélis e Jade Barbosa) - bronze
• Flavia Saraiva – individual geral – bronze
• Flavia Saraiva – solo – bronze
Masculino
• Equipe (Francisco Barreto Junior, Caio Souza, Arthur Zanetti, Luís Porto e Arthur Nory) – ouro
• Caio Souza – individual geral – ouro
• Arthur Nory – individual geral – ouro
• Arthur Zanetti – argolas – prata
• Francisco Barreto Júnior – cavalo com alças – ouro
• Francisco Barreto Júnior – barra fixa – ouro
• Arthur Nory – barra fixa – prata
• Caio Souza – paralelas – prata
A Confederação Brasileira de Ginástica é patrocinada pela CAIXA.
Publicado pela Plataforma SGE da Bigmidia - Gestão Esportiva com Tecnologia
A Plataforma SGE é um Sistema de Gestão Esportiva desenvolvido para Confederações e Federações Esportivas. Saiba tudo sobre o funcionamento de um sistema de gestão esportiva e conheça melhor o SGE!
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“Os CELCs proporcionam de forma democrática a inclusão social por meio da prática da ginástica, além de outros princípios como fomento da modalidade, capacitação de profissionais, massificação esportiva e descoberta de novos talentos”
Henrique Motta
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