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Roseli, Rosilene e Simone: três mães de ginastas que representam toda a família CBG

10/05/2020

A história das famílias Domingos, Souza e Pircio não seria tão brilhante sem a participação decisiva dessas grandes mulheres

Roseli, Rosilene e Simone: três mães de ginastas que representam toda a família CBG

 Mães gostam de fazer aquele bolo da predileção do filho. Mães de ginastas também gostam, mas evitam, porque eles precisam manter uma alimentação saudável. Mães gostam de estar presentes em momentos importantes da trajetória dos seus filhos, como formaturas e casamentos. Mães de ginastas também, mas esses momentos são muito mais frequentes – as competições preenchem várias datas do calendário. Mães se desdobram, levando os filhos pequenos à escola, a cursos de idiomas, a festinhas. Mães de ginastas os transportam também aos locais de treinos e competições.

Acostumada a divulgar os feitos dos atletas brasileiros, a CBG, neste domingo, trata de enaltecer o papel daquelas que estão por trás de todas essas histórias de sucesso: suas mães. Ouvimos algumas delas, e, desta forma, pretendemos homenagear todas.

Roseli de Fátima Domingos, mãe de Bárbara, representante do Brasil em disputas individuais de Ginástica Rítmica, teve que se desdobrar por muitos anos para prestigiar três filhos atletas. Graciele, irmã dela, praticava atletismo, como velocista. E o irmão, Vinícius, tentou até o ano passado tocar uma carreira no futebol – o São Braz foi seu último clube.

“Aos sábados era uma loucura. Tinha que levar a Bárbara ao treino, dava um pulo na pista para acompanhar a Graciele e à tarde ia ao estádio para torcer pelo Vinícius”, conta Roseli.

Hoje, apenas Bárbara persiste no esporte – no ano passado, ela conquistou a medalha de prata na fita nos Jogos Pan-Americanos de Lima. Para que chegasse a esse ponto, contou sempre com o firme apoio de dona Roseli.

“Teve um momento, quando ela tinha dez anos de idade, em que me ligou desesperada. Ela havia se classificado para a final de uma competição na oitava colocação. Entrou em parafuso, porque sempre ficava entre as quatro melhores, disse que não queria mais fazer ginástica. Nesses momentos, a gente precisa saber incentivar. Pedi a ela que treinasse por apenas mais uma semana e disse que, se fosse desistir, teria que ser por um motivo que fizesse sentido”.

Felizmente, Bárbara não desistiu. “A gente sabe que os treinos não são fáceis. Acompanhamos a luta que é para acertar cada um dos detalhes de uma apresentação. Mas ela parece ter superado aquele episódio da melhor forma possível. Ficou mais determinada e nunca mais reclamou. Simplesmente não a vejo nunca se queixar de ter que acordar cedo ou da dura rotina de atleta, de muitas viagens e competições”.

Na avaliação de Roseli, a família toda tem que se envolver de alguma forma para dar respaldo a um filho atleta. Na casa dos Domingos, em Curitiba, existe toda uma atenção voltada para a alimentação. “Tem que ser de qualidade. Às vezes sinto vontade de fazer um bolo que ela gosta, porque mãe é mãe. Mas evito, porque manter o peso é primordial pra ela. Com o peso certo, a Bárbara fica mais segura e previne lesões”.

Em Volta Redonda, dona Rosilene, a Fofa, vive um momento paradoxal. O mundo inteiro padece das aflições acarretadas pelo novo coronavírus. Mas a necessidade do isolamento lhe proporciona, por outro lado, a felicidade de voltar a dividir o teto com Caio Souza, titular da seleção brasileira de ginástica artística, que fez bonito no ano passado, com a medalha de ouro no Pan de Lima e a classificação olímpica, obtida no Mundial de Stuttgart.

Muito ativo, Caio, “filho de ouro”, é uma espécie de faz-tudo: em poucas semanas, fez reparos no galinheiro, carpiu um terreno, onde Rosilene pretende plantar hortaliças, cortou grama, pintou muros e deu um toque especial em algumas paredes, aplicando grafiato. Além de tudo isso, o ginasta ainda costura máscaras, no intuito de ajudar pessoas carentes em tempos de covid-19. Na parte da manhã, das 9h ao meio-dia, a fera se dedica aos treinos on-line oferecidos pela CBG.

“A gente procurou passar bons valores na educação de nossos filhos, e o Caio é também um cidadão maravilhoso. É um menino muito bom, sempre querendo ajudar os outros”.

Rosilene teve apenas que canalizar toda essa energia durante a infância do garoto. O pequeno Caio, que já se pendurava em árvores aos três anos de idade, logo foi encaminhado por ela para a academia de ginástica de Claudia Delgado. “Passando pela rua, vi uma cama elástica e fui ver o que era. Nem sabia direito o que era a ginástica, tinha apenas algumas lembranças da Nadia Comaneci. Sei que eu pagava para ele ir apenas duas vezes por semana, mas a própria Claudia me pediu para que eu o levasse todos os dias. Aí ela o deixava em casa pra mim”.

Com o tempo, Rosilene, que ganhou o apelido de Fofa devido ao hábito de chamar todas as pessoas dessa forma, passou a entender de ginástica e de apreciar muito o esporte. Sempre que está no ginásio, dá um grito muito alto num momento estratégico: logo depois que Caio se apresenta ao árbitro. É a hora do “Força, Caio!”, proferido a plenos pulmões – impossível não ouvir, atesta ela. “Teve um dia em que eu não gritei e o árbitro até se queixou. ‘Poxa, Fofa, você não vai gritar hoje?’”, recorda.

Ainda que a quilômetros de distância, as mães sempre tratam de enviar suas energias positivas. É o que aconteceu com Simone Pircio, que aproveitou uma brecha entre uma e outra instrução na auto-escola onde ministra aulas, em Londrina, para acompanhar as finais da GR do Pan de Lima, no ano passado. A filha dela, Nicole, obteve um ouro e dois bronzes nas finais de conjuntos. Enquanto isso, Valdeci, o pai da ginasta, interrompeu, com autorização do aluno, uma complicada aula de baliza para também torcer pela garota, acompanhando as coreografias pelo celular.

“Eu me sinto muito honrada por ter uma filha tão batalhadora, dedicada e persistente”, diz Simone. Para poder dar apoio, a família fechou uma empresa que atuava no transporte escolar, em Piracicaba, e mudou-se para Londrina, após a filha ter sido selecionada para treinar lá, após um teste. Hoje, a família Pircio pensa em novamente mudar-se, agora para Aracaju – a capital sergipana é aquela onde está localizado o Centro de Treinamento utilizado pela seleção brasileira de conjunto de Ginástica Rítmica.

E é de Aracaju que a presidente da Confederação Brasileira de Ginástica, Maria Luciene Cacho Resende, envia seus cumprimentos a todas as mães. “Ser mãe significa envolver-se em laços de amor incondicional. Meus parabéns a todas as mães do Brasil e do mundo!”.

A Confederação Brasileira de Ginástica é patrocinada pela CAIXA.

 

 

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