Ginástica brasileira encerra 2019 comemorando conquistas inéditas

A temporada de 2019 se encerrou da melhor maneira possível para a Ginástica do Brasil. Foram vários resultados expressivos, em especial nas três modalidades olímpicas (Artística, Rítmica e Trampolim). Mas os grandes feitos não se restringiram apenas aos ginásios. Fora deles, a CBG (Confederação Brasileira de Ginástica) comemorou feitos muito importantes.

Coube à Ginástica Artística masculina alcançar o principal resultado de 2019. No Mundial de Stuttgart (ALE), em setembro, Arthur Nory levou a medalha de ouro na barra fixa. Foi a primeira vez que o Brasil conquistou o título mundial neste aparelho, chegando a 14 medalhas obtidas na história da competição.  

Ainda na Alemanha, a equipe masculina alcançou o principal objetivo na temporada, ao assegurar a classificação para a Olimpíada de Tóquio-2020, ao finalizar a competição em 10º lugar. No feminino, Flavia Saraiva também obteve a vaga olímpica no Individual Geral e ficou muito próxima do pódio na final do solo, ao terminar em quarto lugar.

A Ginástica Artística também fez bonito nos Jogos Pan-Americanos de Lima-2019, realizado entre o final de julho e o começo de agosto. Com 11 medalhas conquistadas (quatro de ouro, quatro de prata e três de bronze), o Brasil terminou a competição na liderança do quadro de medalhas pela primeira vez, fato que apenas Estados Unidos e Cuba já conseguiram.

E os bons resultados também vieram na base. Em junho, foi realizado em Gÿor, na Hungria, a primeira edição do Campeonato Mundial Junior, e o Brasil não passou em branco. Com Diogo Soares, principal nome da nova geração, a Ginástica Artística brasileira ficou com a medalha de prata nas argolas, tendo alcançado ainda cinco finais.

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Na Ginástica Rítmica, o Brasil também tem motivos para comemorar 2019. Os melhores resultados vieram no Pan-Americano de Lima, quando a Seleção Brasileira de Conjunto, com uma equipe renovada e de baixa média de idade, manteve a tradição de sempre conquistar uma medalha de ouro em Pans, desta vez na série mista (três arcos e dois pares de maças), além de dois bronzes (geral e na série de cinco bolas). No Individual, duas atletas subiram ao pódio em Lima: Natalia Gáudio foi bronze no individual geral, enquanto Barbara Domingos levou a prata na prova da fita.

No Mundial de Baku, em setembro, as brasileiras voltaram para casa com saldo positivo. Barbara Domingos alcançou a melhor colocação na história no individual, ao terminar em 31º lugar e por muito pouco não alcançado uma inédita final do individual geral. Já Natalia Gáudio alcançou sua melhor nota do ano na prova das maças (19,950). O Conjunto terminou a competição em 13º lugar, melhorando em cinco posições em relação do Mundial de 2018.

Outros destaques da Ginástica Rítmica em 2019

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A Ginástica Trampolim teve como principal momento em 2019 sua participação no Campeonato Mundial, realizado no final de novembro em Tóquio, no Ariake Gymnastics Centre, mesmo local que receberá as competições de Ginástica na Olimpíada de Tóquio. No Trampolim individual, Camilla Lopes chegou até à semifinal e repetiu o desempenho do Mundial de 2018, terminando em 14º lugar. No sincronizado, Camilla e Alice Gomes ficaram muito perto de uma inédita medalha, terminando em quarto lugar, melhor resultado da história da modalidade na competição.

Outros destaques da Ginástica Trampolim em 2019

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 Fora das modalidades olímpicas, a Ginástica brasileira também se destacou. Em junho, uma delegação composta por mais de 600 ginastas representou o Brasil na 16ª edição do Gymnaestrada, o Ginástica para Todos. Com 24 grupos representando oito estados, a delegação do Brasil foi a segunda maior das Américas e 10ª no geral.

Na Ginástica Aeróbica, em outubro, o Brasil participou do Pan-Americano de Buenos Aires (ARG), encerrando sua participação com um total de oito medalhas, sendo quatro de ouro e quatro de prata, com destaque para os representantes da categoria de base.

Na Ginástica Acrobática, em novembro, o Brasil participou do Campeonato Pan-Americano de Monterrey (MEX), conquistando importantes resultados. Na categoria Age Group 2, foram duas medalhas, sendo uma de prata e uma de bronze, e na categoria Júnior uma medalha de prata.

Fora dos ginásios, o ano de 2019 teve importantes momentos para a Ginástica brasileira. Em agosto, durante o congresso da UPAG (União Pan-Americana de Ginástica) realizado em Lima, a presidente da CBG, Luciene Resende, foi reeleita pela terceira vez como vice-presidente da Região Sul da UPAG. Outros três brasileiros foram escolhidos para os comitês da entidade: Marcia Aversani foi eleita presidente do Comitê Técnico da Ginástica Rítmica; Robson Caballero passou a ser membro do Comitê Técnico da Ginástica Artística; e Deise Turbay do Comitê Técnico da Ginástica Aeróbica.

Em agosto, a CBG concretizou mais um de seus grandes objetivos para 2019, ao assinar acordo de parceria com a TVNSports, plataforma de streaming para transmissão online de eventos esportivos. Assim, os amantes da Ginástica conseguiram acompanhar os principais eventos nacionais ao vivo, como também as reprises, já que permanecem disponíveis na plataforma.

Em novembro, a CBG celebrou com o CBC (Comitê Brasileiro de Clubes) uma parceria que dará direito aos clubes filiados ao CBC fazer projetos de compra de materiais e equipamentos esportivos, contratação de equipes técnicas e multidisciplinares, e a participação em competições, nas quais são pagas as despesas de hospedagem e passagens aéreas. O acordo abrangerá as três modalidades olímpicas da Ginástica.

Em dezembro, foi realizado em Aracaju, no Centro Nacional de Treinamento, o primeiro estágio de treinamento de Ginástica Rítmica no Brasil. Organizado pela CBG, o evento contou com a presença de 45 ginastas e 30 treinadores das categorias pré-infantil, infantil e juvenil, com o objetivo de mapear os novos talentos da modalidade e fazer uma capacitação dos treinadores, uniformizando os métodos de treinamento.

Outras ações importantes da CBG em 2019

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Para a presidente da CBG, Luciene Resende, o ano de 2019 traz um balanço altamente vitorioso para a Ginástica brasileira. “Tivemos um ano marcado por feitos inéditos, como a medalha de ouro de Arthur Nory no Mundial de Stuttgart de Ginástica Artística. Foi a primeira vez que o Brasil conquistou o título mundial neste aparelho, além de termos conseguido a classificação para a Olimpíada de Tóquio-2020, com a equipe masculina. No feminino, Flavia Saraiva também obteve a vaga olímpica no Individual Geral.

Fizemos uma campanha histórica no Pan-Americano de Lima, igualando o número de medalhas da Rio-2007, mas com mais ouros, tornando-se assim, a maior campanha já realizada em Pans pela Ginástica Brasileira. Este ano fizemos um grande esforço para que nossas seleções pudessem participar de 39 eventos internacionais, entre competições e fases de treinamento. Cumprimos integralmente nosso calendário e consolidamos o Programa de Ética e Integridade, criando também a Organização Antidoping, desenvolvendo atividades educacionais e preventivas relacionadas à temática do doping. Foi um ano repleto de realizações, onde também conseguimos mais espaços na UPAG, elegendo membros e um Presidente de Comitê Técnico, fizemos grandes parcerias com o CBC e a TVNSports, e fechamos com chave de ouro esse grande ano com a realização do primeiro estágio nacional de treinamento da Ginástica Rítmica. Tudo isso nos dá ainda mais confiança e otimismo para o ano olímpico de 2020”, afirmou Luciene Resende.

“Não podemos deixar de ressaltar que os resultados alcançados, dentro e fora das quadras, só foram possíveis, porque temos ao nosso lado, verdadeiros parceiros, como a nossa patrocinadora, CAIXA, que ao longo de mais de uma década vem nos apoiando e nos ajudando a desenvolver a ginástica por todo Brasil e nos colocar em lugar de destaque no cenário internacional.

O COB (Comitê Olímpico do Brasil), que não mede esforços para nos ajudar a concretizar e ampliar atividades para as nossas modalidades Olímpicas, além da Secretaria Nacional de Esporte de Alto Rendimento, que por meio de convênios mantém todo o suporte a Seleção de Ginástica Rítmica”, completou a presidente Luciene Resende.

A Confederação Brasileira de Ginástica é patrocinada pela CAIXA.