Brasil se destaca com o ouro na competição por equipes feminina no Sul-Americano de Ginástica Artística

O Brasil subiu repetidas vezes ao pódio no Campeonato Sul-Americano de Ginástica Artística de Medellín, na Colômbia, encerrado neste domingo (9).
Na competição feminina por equipes, o Brasil conquistou a medalha de ouro, reafirmando sua hegemonia continental. No individual geral, Gabriela Bouças assegurou o bronze.

Na trave de equilíbrio, Gabriela Barbosa conquistou a medalha de ouro com a nota 13.166. Thais Fidelis completou a dobradinha verde-amarela, ao obter a prata (12.534).
Nas paralelas assimétricas, Gabriela Bouças conseguiu a medalha de prata (12.800). O ouro ficou com a argentina Meline Mesropian (13.400). 

A mesma Gabriela Bouças foi a terceira melhor no solo (12.400). As duas primeiras posições couberam à argentina Sira Macias (12.667) e à equatoriana Alais Ponce (12.434). 

Na Ginástica Artística Masculina, Diogo Paes foi um dos destaques, ao conquistar a prata nas barras paralelas. Com 12.900, ficou atrás apenas do venezuelano Adickxon Basalo (13.034). Luís Guilherme Porto também foi vice-campeão em um aparelho. Com 13.234 pontos, foi superado apenas, e por pouco, pelo chileno Ignacio Echeverria (13.400). Nas argolas, o Brasil novamente foi ao pódio. Juliano Oliva assegurou o bronze com a nota 12.834. O ouro ficou com o chileno Diego Varos (13.500).
Na categoria juvenil, Yasmin Mota conquistou a prata no solo (11.700). O ouro ficou com a argentina Juliete Lucas (11.834).  Nas paralelas, Rafael Araújo ficou com a prata (12.067), abaixo apenas do colombiano Keynher Carrascal (13.167). 

Adriana Alves, coordenadora do Comitê Técnico de Ginástica Artística da CBG, lembrou que o Brasil enviou um outro grupo de ginastas juvenis para Doha, onde realizam a aclimatação que visa ao Mundial da categoria, que será disputado em Manila (Filipinas).
“A participação no Sul-Americano deste ano reforça a importância do modelo de seleções transitórias, que vem ampliando significativamente o número de ginastas com acesso a eventos internacionais. Esse formato tem se mostrado uma estratégia valiosa: proporciona experiência competitiva real às atletas, garante visibilidade aos clubes formadores e promove uma diversidade maior de treinadores representando o país. Além disso, possibilita uma convivência rica entre ginastas experientes e talentos jovens, criando um ambiente de troca técnica e fortalecimento da cultura de alto rendimento”.
Adriana destacou ainda a conquista da medalha de ouro na competição feminina por equipes no adulto. “A equipe contou com ginastas que já possuem uma sólida bagagem em competições internacionais. A maturidade competitiva desse grupo se refletiu na consistência das apresentações e na capacidade de responder sob pressão”.

A coordenadora reforçou a importância da conquista da medalha de prata na competição juvenil feminina por equipes. “Enviamos uma equipe 100% estreante em competições internacionais, que surpreendeu pela entrega. Mesmo sendo uma seleção muito jovem na disputa, conquistou o vice-campeonato, ficando atrás da Argentina, e por uma margem relativamente pequena de pontos”.

Segundo Adriana, a Ginástica Artística do Brasil está no caminho certo. “Os resultados combinados reforçam que o investimento em renovação contínua, aliado à experiência de algumas das atletas, está gerando um ciclo virtuoso para a ginástica artística feminina brasileira”.
Leonardo Finco, treinador que representou a Seleção Brasileira na competição em Medellín, viu um bom nível técnico em geral. “O nível vem crescendo progressivamente na Ginástica Artística Masculina da América do Sul. Colômbia, Chile e Argentina são nossos principais adversários. Melhoraram significativamente no último ciclo, o que proporciona uma disputa mais acirrada”.