ENTENDA A IMPORTÂNCIA DA CAMPANHA HISTÓRICA DA GINÁSTICA BRASILEIRA EM SANTIAGO

COB reconhece contribuição do esporte para o quadro de medalhas do Brasil na 19ª edição do Pan e escolhe Nicole Pírcio como porta-bandeira

Primeiro lugar no quadro de medalhas dos Jogos Pan-Americanos? Se isso ainda é um sonho para a delegação brasileira, já é realidade para a Ginástica Brasileira. Pela primeira vez, em 19 edições do principal evento poliesportivo do continente, o Brasil superou os Estados Unidos no esporte. Em Santiago, os brasileiros conquistaram 31 medalhas na soma de todas as modalidades gímnicas, sendo elas 11 de ouro, 16 de prata e 4 de bronze. Já a principal potência econômica e esportiva do planeta amargou a segunda posição (10, 4, 9). 

E tem mais: se a Ginástica Brasileira fosse um País, teria encerrado sua participação nos Jogos com a nona posição, atrás apenas de Estados Unidos, Brasil, México, Canadá, Cuba, Colômbia, Argentina e Chile, e à frente do Peru, que tem investido bastante em esportes e teve sua capital, Lima, sediando a edição anterior dos Jogos. 

As conquistas em Santiago da Ginástica Brasileira, caso vistas isoladamente, são superiores às campanhas da delegação brasileira em sete edições dos Jogos (Buenos Aires-51, Cidade do México-55, Chicago-59, Winnipeg-67, Cáli-71, Cidade do México-75 e San Juan-79). Se tomarmos a história da participação no evento, apenas a partir das edições de Caracas-1983 em diante é que as campanhas da delegação brasileira como um todo superam os excepcionais números da Ginástica Brasileira na capital chilena. A exceção são os Jogos de 1963. O Brasil sediou aquele evento em São Paulo e amealhou 14 medalhas de ouro, 20 de prata e 18 de bronze na capital paulista. 

E há um outro ângulo pelo qual se pode enxergar a importância da campanha da Ginástica em Santiago. Com suas 31 medalhas (11, 16, 4), o esporte é aquele que mais contribuiu para a bela campanha brasileira nos Jogos. O esporte com a segunda melhor colaboração para o quadro de medalhas verde-amarelo foi o atletismo (7,10,6), totalizando 23 peças.

“Nosso orgulho por essa campanha fantástica da Ginástica do Brasil em Santiago é enorme. Isso é fruto de muito trabalho, organização e planejamento. O importante agora é não repousarmos sobre os louros da vitória. Sempre há espaço para aperfeiçoamento e progresso. É graças a esse compromisso com a melhora contínua que a CBG hoje é exemplo para o esporte brasileiro”, diz a presidente da Confederação, Luciene Resende.

Nicole porta-bandeira. O COB reconheceu a excelência da campanha da Ginástica do Brasil e reservou a Nicole Pírcio, a capitã da Seleção Brasileira de Conjunto, a honra de ser a porta-bandeira na cerimônia de encerramento dos Jogos Olímpicos de Santiago.

“Eu me sinto honrada, grata e muito feliz com esse reconhecimento. Desde que quando passei a fazer parte da Seleção Brasileira, comecei a viver um sonho. E eu o vivo diariamente. Procuro me dedicar e dar o meu melhor todos os dias. Poder representar a Ginástica num momento como esse, no encerramento de um evento como os Jogos Pan-Americanos, é inesquecível. Meu coração fica pleno. Amo representar o Brasil”.

Ao lado de Bárbara Galvão, Gabriella Coradine, Giovanna Oliveira e Victória Borges, Nicole conquistou três medalhas de ouro na GR na capital chilena: no conjunto geral, na série simples e na mista.

A Confederação Brasileira de Ginástica é patrocinada pelas LOTERIAS CAIXA.